Segurando a pastilha Halls

Ontem, no bus Mossoró-Natal.

Minha poltrona: número 37
No número 37: uma mulher e um garotinho.
Indiquei que ela estaria sentada no meu lugar, mas quando vi a cara de choro do menino que estava em seu colo, claro, falei que poderia ficar. Mesmo assim ela trocou, e o menino, que segurava uma pastilha Halls, já ia abrir o berreiro quando lancei uma rápida estratégia para distraí-lo.
Ei, ei, qual o seu nome? E o menino: Nãoo, eu quero a outra cadeira! (quase chorando)
Eii, sabe essa sua pastilha aí? Eu tenho uma bem melhor na minha bolsa. Rá-Rá.. Quer ver? (fazendo uma cara enigmática)
O menino instantaneamente se alegra, todo curioso: Quelo!
Eu não me lembrava de ter nenhuma pastilha na bolsa, mas para minha sorte acabei achando um daqueles caramelos recheados de chocolate.
Então falei: Ahh..não é pastilha nã-ão, mas se você acertar em qual mão está, pode ficar pra você, ok?!
Ele aceita o desafio e escolhe a mão errada (mas rapidamente transfiro o caramelo sem que ele perceba)
Acertouu!!! Aêê!! Tome, agora é seu!
Ele sorri, pega o caramelho e imediadatamente come, ainda segurando a pastilha Halls.
Então a sua mãe fala:  Fernando, como é que se diz agora?
Ele: Obigada..
Mãe: Então, quando você abrir a pastilha você dá uma pra ela?
Eu: É, você me dá uma, né!?
Ele olha para a pastilha, olha para mãe, olha para mim e diz: É, eu só vou abí amanhã.