ENTRE BECOS E SONHOS
Poesia da minha grande amiga Nassary Lee, vencedora do primeiro lugar (tendo concorrido com 80 candidatos) do Primeiro Concurso Literário (Contos e Poesia) promovido pela Cooperativa Cultural Universitária do Rio Grande do Norte, em 2008.
ENTRE BECOS E SONHOS
Por que perco, à faca, os dedos? [das mãos.
Por que jogo fora minha colher? [de sobremesa.
Alguém me passa um trote... Estou traída.
Alguém me passa para trás... Estou confiante.
E me passo - horas - perguntando:
Onde foi parar aquele colar? [de esmeraldas.
Noutro sonho? Em que trecho? Em que beco?
E por que só o que vejo é um diário escrito a sangue?
E por que se foi desfeito um praia-mar, tão excitante?
Por que faço chover quando choro?
Se me vou daqui por que o apavoro?
Por que tentei ser sol um dia?
Se longes raios jamais percorreria?
Por que minha natureza teima em ser lua?
Se dentro de mim só há rua?
(E)scura e fechada;
(E)streita e calada;
(E)sgueirando em cada calçada;
(E)sperando em cada passada;
(E)squecer aquele brilho;
(E)scondido, meu ladrilho;
Da rua que sou.
Do poeta que me sobrou.
Divagações entre “esquerdas” de comportamentos.
Direções entre “esquinas” de sentimentos.
- Encruzilhada -
E sigo vencendo rabiscos de bares.
E prossigo reunindo os meus lares.
[numa grande Caixa Preta.
Entre becos e sonhos.
Entre rua e poesia.
NASSARY LEE, setembro de 2006.
ENTRE BECOS E SONHOS
Por que perco, à faca, os dedos? [das mãos.
Por que jogo fora minha colher? [de sobremesa.
Alguém me passa um trote... Estou traída.
Alguém me passa para trás... Estou confiante.
E me passo - horas - perguntando:
Onde foi parar aquele colar? [de esmeraldas.
Noutro sonho? Em que trecho? Em que beco?
E por que só o que vejo é um diário escrito a sangue?
E por que se foi desfeito um praia-mar, tão excitante?
Por que faço chover quando choro?
Se me vou daqui por que o apavoro?
Por que tentei ser sol um dia?
Se longes raios jamais percorreria?
Por que minha natureza teima em ser lua?
Se dentro de mim só há rua?
(E)scura e fechada;
(E)streita e calada;
(E)sgueirando em cada calçada;
(E)sperando em cada passada;
(E)squecer aquele brilho;
(E)scondido, meu ladrilho;
Da rua que sou.
Do poeta que me sobrou.
Divagações entre “esquerdas” de comportamentos.
Direções entre “esquinas” de sentimentos.
- Encruzilhada -
E sigo vencendo rabiscos de bares.
E prossigo reunindo os meus lares.
[numa grande Caixa Preta.
Entre becos e sonhos.
Entre rua e poesia.
NASSARY LEE, setembro de 2006.
Poema de alto calibre poético.
ResponderExcluirParabéns à sua amiga e a você pela sensibilidade do post.
Bjs, Deusa.
Tétis,
ResponderExcluirAssino embaixo tudo que o Paulo poeta disse acima, inclusive o "Deusa", claro...
Ò, e aquela visitinha prometida ao doutor? Quero saber, depois me conte...
Comigo tudo 100%, sem estresse algum depois da cirurgia...
Mais uma vez parabéns pelo bom-gosto, moça sensível do Norte...
Abraço das bandas de cá das Minas Geraes,
Pedro Ramúcio.
Olá, colegas! Minha amiga Nassary é mesmo muito inteligente e sensível!
ResponderExcluirEla ficou muito feliz com os elogios e prometeu fazer um blog qualquer dia desses - o que será uma grande alegria para todos nós.
Obrigada pela visita!
Abraço