Um ano depois
Há muita alegria em publicar exatamente e apenas um ano depois. É a alegria da desobrigação, de poder e não fazer, de realizar não realizando, de simplesmente dar uma pausa. O distanciamento é um abandono que eleva. A simplicidade, uma ousadia sem tamanho. Espíritos sensíveis compreendem as reticências porque “Doces são as melodias que se ouvem mas as não ouvidas são ainda mais doces”. Afinal, por que definir e medir tempo? Até os dependentes das agendas rasgam calendários. É natural. Um ano pode ser pouco e um momento, significativo. Voltei, mas já fui. Ou estou lá e cá simultaneamente? É assim que flue, é assim que funciona – e tem mais sentido quando supostamente não deveria ter. É a força do contraste, é o encanto da surpresa – que se revelará em outras cores daqui a um minuto ou 365 dias depois.
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