Doce setembro



1º de setembro de 2013.  Obrigada setembro por você ter chegado! Vivo o nosso primeiro dia com a leveza dos que acreditam que para tudo existe uma razão mesmo que não compreendida. Então, sinto-me tranquila e apenas celebro o momento. Poderia ser qualquer outro mês, como o tal novembro para combinar com aquele filme, mas não, é você mesmo, mês 9, surpreendente com todas as suas singularidades. Tantos fatos memoráveis e agradáveis acontecem quando você chega que peço ao Deus Chronos que me seja possível um ano assim: mês 1 - setembro; mês 2 – você de novo, até o fim que bem poderia não acabar. Mas me dou conta de que Ele não me ouviria, já que domina as estações, o tempo linear, e eu me refiro a algo maior: o tempo não-linear, eterno, o tempo em que algo supremo e oportuno acontece, simples e perfeito.

Não conseguiria elencar todos os motivos que justifiquem tal sentimento mesmo que tentasse por séculos, já que é só aqui e agora que o “momento” se revela: É em setembro que acontece o Rosh Hashaná (ano novo judaico), é em setembro o aniversário do meu amado pai (numa interessante sexta-feira 13); é em setembro que completo um ano no meu novo emprego (o que eu queria). Sim, também é em setembro que já fiz prova de concurso e é em setembro que de repente me lembro do quanto estive errada. Percebi que nem tudo simplesmente se evapora da nossa mente à medida que avança o tempo cronológico. Percebi que o momento continua sim, percebi que Ele está aqui.

E que bom estarmos aqui - do que jeito que está - depois de tantos meses ilusórios. E que venham todos os meses que tiver de vir, bem como as manhãs que tiver que amanhecer, seja em outubro, novembro ou dezembro, mas que lembrem aquele e este setembro, que é como a primeira e a última colherada da minha sobremesa preferida.

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